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Infraestrutura forte, País grande

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    abrafamail
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

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A infraestrutura é o pilar que sustenta o desenvolvimento de uma nação. Nenhum país se torna grande sem uma base sólida de transportes, energia e comunicações. É por meio da infraestrutura que se reduz o custo Brasil, se conecta o território e se promove o crescimento equilibrado entre as regiões.


No caso brasileiro, o fortalecimento da malha ferroviária surge como uma das soluções mais eficazes para modernizar a logística nacional. O novo marco regulatório criou o ambiente necessário para o avanço das ferrovias autorizadas, abrindo espaço para a iniciativa privada investir com agilidade, inovação e foco em eficiência.

A interiorização da economia, por sua vez, é o caminho mais curto e lógico para o desenvolvimento.

Ao integrar regiões produtivas do interior com os portos, polos industriais e centros consumidores; ao integrar cidades e regiões, o país descentraliza a riqueza, gera empregos e cria novos eixos de prosperidade.


Essa interiorização só se torna efetiva com uma infraestrutura interligada, na qual o modal ferroviário se soma ao transporte rodoviário porta a porta, formando um sistema inteligente, competitivo e sustentável.


Entretanto, o avanço das ferrovias autorizadas enfrenta desafios estruturais e institucionais que precisam ser superados para garantir o êxito do novo modelo. Entre os principais obstáculos, destacam-se:


Acesso a financiamento de longo prazo: as ferrovias exigem grandes volumes de investimento e prazos de maturação longos. A inexistência de uma linha de crédito específica para o setor dificulta a viabilidade de novos projetos.


Processos de licenciamento ambiental complexos e demorados, que demandam maior integração entre os órgãos públicos e as empresas, garantindo segurança jurídica sem comprometer a sustentabilidade.


Integração multimodal ainda incipiente, com necessidade de políticas públicas que incentivem a conexão efetiva entre ferrovias, rodovias, portos e polos produtivos.


Infraestrutura complementar deficiente, sobretudo em áreas de interiorização, o que requer apoio estatal para obras de acesso, energia, telecomunicação e saneamento.


Baixo reconhecimento institucional das ferrovias autorizadas, que ainda carecem de políticas de incentivo equivalentes às ferrovias concedidas, apesar de representarem uma alternativa moderna e descentralizada de investimento.

Superar esses obstáculos é essencial para consolidar um novo ciclo de desenvolvimento ferroviário no Brasil, pautado em eficiência, sustentabilidade e visão de longo prazo.

Investir em infraestrutura não é gasto, é estratégia de Estado. O fortalecimento da malha ferroviária, especialmente das ferrovias autorizadas, significa abrir caminhos para o futuro, reduzir desigualdades regionais e reposicionar o Brasil no mapa da competitividade global.

A ferrovia não é apenas um meio de transporte; é um vetor de integração territorial, social e econômica. É a ponte entre as cidades, as regiões e o interior produtivo e o litoral exportador.


As autorizadas são o caminho para se criar ilhas de desenvolvimento socioeconômico interiorizadas e conectadas por artérias rodoferroviárias e informacionais, que farão o Brasil gigante pelo seu espírito empreendedor.

Infraestrutura forte é sinônimo de país grande. E o Brasil tem os trilhos prontos para seguir nessa direção.


*José Roberto Barbosa é CEO do Grupo Petrocity e presidente da Associação  Brasileira de Ferrovias Autorizadas (ABRAFA)





 
 
 

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